Muitas pessoas até hoje respondem de várias formas diferentes quando perguntadas sobre o que é o Evangelho. Eu mesmo já achei que o Evangelho fosse o nascimento de Jesus, ou a Sua mensagem (pois não é contada nos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João?), mas as “Boas Novas” vão além do nascimento Dele. Evangelho também não é “igreja” ou “salvação” (que são as conseqüências do Evangelho), nem simplesmente “Jesus” (porque daí Ele teria dito “quem crer em mim e for batizado será salvo”). O Evangelho é algo que Ele fez. Assim, se atribuo à Bíblia toda a autoridade em assuntos espirituais, deixarei que apenas ela me diga o que é o Evangelho. Faz sentido?
A resposta para o que seja Evangelho não está em apenas um lugar na Bíblia (1), mas em 1 Coríntios 15:1-4 temos sua forma mais sucinta. Vejamos primeiro o título acima do versículo citado, que diz: “A Ressurreição de Cristo, Penhor de Nossa Ressurreição”. Se penhor, que é um termo jurídico, significa “fiança”, “garantia”, “segurança” e outros sentidos parecidos, então o título me diz que a ressurreição de Cristo garante (ou assegura) a ressurreição dos homens.
(1) Outras menções ao que é o Evangelho: Atos 2:22-24 e Atos 13:26-34.
Leia em sua própria Bíblia se no trecho acima não está escrito que Jesus, o Cristo (ou “Filho de Deus”, no grego) morreu pelos pecados de todos, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, segundo as Escrituras. “Segundo as Escrituras” significa conforme havia sido profetizado. Nos versículos 5 e 6 ainda se lê que Ele apareceu a várias pessoas, e que a maioria delas ainda estava viva à época de 1 Coríntios ter sido escrito (2).
(2) Isso é importante porque, para a História, um fato terá valor científico se estiver documentado de alguma forma (foto, escrita etc.) e ter testemunhas. Nesta passagem os dois quesitos estão atendidos, tal como em várias outras evidências da ressurreição de Cristo (testemunhas oculares, o túmulo vazio, a própria existência da igreja, surgida em Atos 2). Entre as provas mais convincentes, vemos que os apóstolos e demais seguidores de Cristo saíram pregando a ressurreição de Cristo sem se deter pelas ameaças (Atos 4:18-21), nem mesmo sendo presos (Atos 5:17-18), perseguidos (Atos 8:1), maltratados (Atos 12:1), mortos à espada (Atos 12:2), açoitados (Atos 16:19-22) e apedrejados até a morte (Atos 7:54-60) não negavam o que tinham testemunhado: viram Cristo VIVO! Como suportariam isso, se estivessem forjando uma mentira?