É um paradoxo que o fato mais importante da vida seja justamente o que acontecerá depois que morrermos. Como cada religião tem sua versão própria para isso, eu havia sentido ainda muito cedo, na minha pré-adolescência, que só a Bíblia mesmo poderia ter autoridade – e toda a autoridade – em assuntos espirituais (1). Mas havia o problema dela ser muito extensa, com muitas partes interligadas para se compreender o contexto, de forma que eu não sabia como entendê-la. Antes de qualquer coisa, não entendi nem mesmo porque Jesus precisou morrer daquele jeito, se Ele já dizia que depois ia ressuscitar mesmo, mas tudo ficou mais fácil depois do acidente. Explico.
Na verdade, tinha redigido bem mais páginas sobre minha evolução no Cristianismo, mas retirei tudo o que não fosse essencial para a minha história, e criei este blog para poder aprofundar o assunto, discutir opiniões, ouvir xingamentos (inevitável…), tirar dúvidas e estudarmos juntos o que esse Livro diz (2).
(1) Em 2 Tim 3:16-17 se lê que a Bíblia é inteiramente útil para corrigir, ensinar e aperfeiçoar o homem.
(2) Há uma só Bíblia, mas diferentes versões. Isso não é um problema se a minha disser “vós” (versões de João Ferreira de Almeida e a da Bíblia de Jerusalém, por exemplo) e a sua disser “vocês” (versão Revista e Atualizada e Nova Tradução para a Linguagem de Hoje, por exemplo). As versões ora substituem palavras por sinônimos, ora atualizam uma linguagem antiga para outra menos formal; o importante é que o conteúdo seja o mesmo.
Não quero falar aqui de assuntos secundários e polêmicos, como milagres, possessões demoníacas ou dízimo. Tampouco estou querendo “converter” ninguém (a obrigação do cristão é apenas difundir o Evangelho), nem levantando a bandeira da intolerância religiosa. Sãos dois extremos e entre eles estou eu, querendo apenas contar o que ouvi e que pareceu certo para mim, abrindo-me a consciência.
Pense neste texto como um curso bíblico básico e expresso, explicando-lhe o que talvez até hoje ninguém se dispôs em fazer. E se você compreender o que escrevo, ficará tão feliz como fiquei no dia em que entendi a principal mensagem da Bíblia pela primeira vez.
De qualquer forma, tento explicar desde o mais lógico argumento em termos bíblicos até a mais inverossímil das conclusões (3). Não tenho tempo nem pretensão de analisar cada placa de igreja que existe e sair julgando quem quer que seja; só vou me ater ao que já está escrito na Bíblia, essa mesma que você também tem em casa (ou seja, NÃO SOU EU quem vai te falar, é você quem irá LER), e expressar livremente minha opinião e minha liberdade de consciência e de crença, aliás direitos assegurados no Art. 5º, incisos IV e V da Constituição Federal.
(3) Destas, nada melhor do que o ceticismo geral quanto à autoria divina da Bíblia, onde o próprio Deus teria inspirado aproximadamente 40 homens das mais diversas profissões, regiões e épocas (escravos, lavradores, pescadores, pastores de ovelhas, sacerdotes, profetas, generais, reis, juízes, estadistas etc.), durante um período estimado de aproximadamente 1.500 anos (Moisés começou a escrever cerca de 1.400 antes de Cristo e João terminou o Apocalipse cerca de 95 depois de Cristo), gerando 66 livros que cobrem desde a criação do mundo até o Século I da nossa era. A despeito de tantas variáveis, a mensagem guarda extrema precisão e congruência, trazendo em suma o plano de Deus para o homem, pronto desde sempre. Quanto à credibilidade da Bíblia, como explicar informações nela inseridas séculos a.C., mas que só seriam confirmadas milênios depois? Em Jó 26:7, se lê que Deus “faz pairar a Terra sobre o nada”, ou seja, nosso planeta suspenso no Universo, o que só seria “descoberto” no século XV (em 1637 d.C. a teoria de Newton provou que a terra está em órbita pela força da gravidade, e em 1611 d.C. Galileu Galilei, com seu telescópio, mostrou que a terra está em órbita ao redor do sol)!! Milênios antes de a geologia descobrir que o interior do planeta é formado pelo magma – uma massa de rochas fundidas a altíssima temperatura – já estava escrito em Jó 28:5: “Terra, dela sairá o pão, embaixo ela se revolve como fogo”. Veja também Gênesis 8:4, onde consta que a arca de Noé pousou “sobre as montanhas de Ararate”. Agora digite no Google “Noah’s Ark” (http://www.wyattmuseum.com/noahsark.htm) (arca de Noé) e veja reportagens de 1950 revelando ao mundo, com assombro, a descoberta de uma embarcação soterrada de neve, a milhares de pés acima do nível do mar (?), e o nome da montanha onde foi encontrada. Pense em como uma embarcação daquelas dimensões foi parar lá em cima e tire suas próprias conclusões. Por fim, veja em Isaías 40:22 (escrito em aproximadamente 700 a.C.) como o profeta contempla a majestade de Deus, que “está assentada sobre a redondeza da Terra”. Pois foi com base na teoria de que a Terra era redonda que Colombo, em 1492, empreendeu sua famosa viagem, antecedendo Fernão de Magalhães, que em 1522 empreendeu a primeira circunavegação.
É por evidências assim que eu posso crer que a Bíblia é a Palavra de Deus. Ele inspirou os homens a escrever, e não apenas afirma expressamente, por milhares de vezes ao longo dela toda, que é Ele falando, como ainda teve o capricho de deixar registrado fatos e provas que só seriam confirmados milênios depois.